Inquérito sobre prefeito de Embu e PCC durou 11 anos e ficou sem desfecho

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Em 2012, a 6ª Delegacia de Investigações a Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro, do Deic, abriu um inquérito para investigar a ligação do prefeito de Embu das Artes, Ney Santos, com o crime organizado.

Hoje, 11 anos depois, a Justiça determinou o trancamento do inquérito instaurado pelo Deic. O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner declarou que o tempo não foi suficiente para encontrar indícios.

“Não é possível aceitar que o inquérito dure além do razoável sem resultar em obtenção de elementos capazes de justificar sua continuidade, em detrimento dos direitos da personalidade, contrastados com o abalo moral, econômico e financeiro causado aos investigados”

Guilherme Eduardo Martins Kellner, em resposta ao pedido de Habeas Corpus de Ney Santos.

Com isso, Ney Santos não fica mais juridicamente ligado a organização criminosa por este processo.

Conheça outros processos de Ney Santos

Com 17 anos de idade, em 1997, Ney Santos foi detido por roubar o carro de um Policial Militar do 16° batalhão. Com mais outras 2 pessoas, todos foram detidos e levados até a delegacia. A mãe de Ney Santos, junto de um advogado na época garantiram a liberação de Ney.

Em 1999, aos 19 anos de idade, Ney foi condenado por receptação e formação de quadrilha. Réu primário, não foi preso e continuou em liberdade.

Quatro anos depois, em 2003, com 23 anos, Ney Santos foi preso em flagrante por assalto a um veículo de uma transportadora de valores. Portando uma metralhadora 9mm, foi preso, condenado em primeira instância, mas liberado em segunda instância.

Ficou preso durante os anos de 2003 e 2004, quando enriqueceu o seu patrimônio, consolidou sua ligação com o crime organizado e vislumbrou a possibilidade de se candidatar a cargos públicos.

“Constituiu fortuna de forma relâmpago, enveredando-se para a área política e candidatando-se para cargos públicos”Ministério Público em referência a Ney Santos durante sua passagem pela prisão

Em 2010 se candidatou a Deputado Federal pelo PSC. Com declaração de patrimônio de mais de 50 milhões de reais, foi preso em uma nova investigação, por lavagem de dinheiro, estelionato, adulteração de combustível, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Este processo foi trancado após pedido de habeas corpus pelos advogados de Ney Santos.

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