Funcionários públicos entram em greve nesta segunda-feira após tentativa frustrada de negociação com prefeitura

Prefeitura oferece reajusta abaixo da inflação e de forma escalonada; funcionários exigem que seja cumprida a lei.

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Cerca de 1000 funcionários públicos, incluindo professores, profissionais da saúde, guardas municipais, funcionários da prefeitura e outras funções, entraram em greve na cidade de Embu das Artes, reivindicando melhores condições salariais. A mobilização ganhou força à medida que os funcionários se reuniram em frente ao Estádio Herminio Espósito e seguiram juntos até a sede da Prefeitura, onde realizaram um ato de agravo, mostrando a importância de cada uma das funções desempenhadas.

“Estamos cansados de sermos subvalorizados e de nossos salários não acompanharem a realidade econômica atual. Exigimos um reajuste salarial justo que reflita a importância do nosso trabalho para a comunidade”, afirmou um funcionário durante a manifestação.

Reivindicando um reajuste salarial e pagamento em dia

Durante a greve, os funcionários públicos deixaram claro que o objetivo principal era obter um reajuste salarial significativo, a fim de enfrentar as crescentes despesas do dia a dia. Eles destacaram que o último aumento salarial ocorreu há muito tempo e não acompanhou a inflação e o aumento do custo de vida. Além disso, expressaram preocupação com os constantes atrasos no pagamento dos salários.

“Não podemos mais aceitar a falta de reconhecimento pelos serviços que prestamos à comunidade. Exigimos que nossos salários sejam valorizados e que sejam pagos pontualmente”, ressaltou outro manifestante.

Luta por melhores condições de trabalho e valorização profissional

Além do reajuste salarial, os funcionários públicos enfatizaram a necessidade de melhores condições de trabalho e uma valorização adequada de suas profissões. Eles ressaltaram os desafios enfrentados diariamente, como a falta de recursos, a sobrecarga de trabalho e a falta de investimento em capacitação profissional.

Estamos aqui hoje para mostrar que somos peças fundamentais no funcionamento da cidade. Queremos ser valorizados, tanto financeiramente quanto em termos de respeito e condições adequadas de trabalho”, disse um dos manifestantes.

A importância da mobilização e do diálogo

A greve dos funcionários públicos de Embu das Artes destacou a importância da mobilização coletiva para a defesa dos direitos trabalhistas. Os manifestantes enfatizaram a necessidade de diálogo entre a prefeitura e os representantes dos servidores para alcançar uma solução justa e satisfatória para ambas as partes.

A reivindicação de reajuste salarial de 10,73% não foi aceita pela prefeitura. A contra proposta foi pagar índices menores e com escalonamento entre grupos de servidores, o que é ilegal segundo a constituição. 9% para os trabalhadores com salários entre R$ 1.532 e R$ 2.800; 6% para a faixa até R$ 3.500; 4% para até R$ 8.200; e 3% para os que ganham a partir de R$ 8.201,00.

Segundo o Sindicato dos Servidores de Embu das Artes, essa proposta não atende as reivindicações dos funcionários.

Tentativa de assediar os funcionários

Na última semana, os diretores de escola foram obrigados a inserir um bilhete na agenda de cada um dos alunos da rede municipal. No bilhete, a mensagem dizia que “devido a adesão da greve organizada pelo sindicato”, e que “o sindicato recusou a proposta de aumento”.

Ao ser perguntado, o Sindicato dos Servidores respondeu que “não houve recusa de proposta, o que houve foi que os funcionários não aceitaram o reajuste abaixo da inflação”.

Além disso, a própria prefeitura divulgou em seu canal oficial nas redes sociais uma mensagem que foi considerada ameaça por parte dos servidores:

A Prefeitura alerta que, caso venha ser confirmada a paralização anunciada, as negociações serão encerradas e será retirada a proposta de reajuste já apresentada. Além disso, os servidores que aderirem a grave terão seus dias de ausência descontados em folha de pagamento, podendo ainda sofrer outras sanções administrativas dependendo da conduta.

Tentativa de politizar a reivindicação

Mesmo com forte adesão dos funcionários, políticos da base do governo tentaram politizar a greve, dizendo que era uma “greve eleitoreira”.

Uma foto aérea, no fim da greve, dizia que “não teve adesão”, e outra que “se seu filho não teve aula, foi para dar palanque para políticos”.

Ao ser questionada, a ex-vereadora Rosângela Santos respondeu: “A obrigação de estar aqui não é só minha, mas de todos os moradores de Embu das Artes que se preocupam com a cidade”. Chico Brito, ex-prefeito, disse que “reajuste e volta do abono de aniversário é um direito do trabalhador”.

O vereador Abidan Henrique disse em suas redes sociais: “Precisamos lutar pelos nossos direitos. Os funcionários públicos merecem salário digno”.

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  • Estamos vendo pais e mães de famílias que dão o seu melhor diariamente em seus cargos e que precisam chegar ao ponto de protestarem em greve para terem o que é seu por direito após meses de tentativas de negociações frustadas. Caro Sr. prefeito, respeite os seus servidores, não use fake news para tentar desviar o verdadeiro motivo que eles estão nas ruas da nossa Embu das Artes.

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