Manifestantes do MTST ocupam Prefeitura de Itapecerica da Serra e enfrentam repressão policial

Movimento reivindica moradia popular e reunião com prefeito após despejo de famílias em maio; tropa de choque foi acionada

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Na manhã desta quinta-feira (5), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam o prédio da Prefeitura de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O grupo exige uma reunião com o prefeito da cidade para tratar da pauta de moradia popular, após o despejo de uma ocupação em 23 de maio. A mobilização pacífica foi marcada pela presença de famílias, idosos e mulheres, mas acabou enfrentando forte repressão policial, incluindo o envio da tropa de choque.

Ocupação reivindica diálogo sobre moradia popular

De acordo com o MTST, o ato foi motivado pela falta de resposta do prefeito a uma solicitação de reunião. O movimento afirma que, desde o despejo arbitrário de uma ocupação popular no mês passado, a Prefeitura prometeu abrir diálogo, mas não cumpriu a promessa.

“Desde o dia 23 de maio, quando houve o despejo arbitrário de uma ocupação, o prefeito diz que vai dialogar, mas esse diálogo nunca se concretiza”, afirmou a assessoria do MTST.

Os manifestantes entraram no prédio e ocuparam o saguão de atendimento da Prefeitura. Com cartazes, palavras de ordem e faixas, eles pedem a regularização fundiária e políticas públicas efetivas de habitação.

Repressão policial e clima de tensão

Mesmo com o protesto ocorrendo de forma pacífica, com grande presença de mulheres, idosos e crianças, a ação foi recebida com forte presença policial. A Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal e a tropa de choque foram acionadas para conter os manifestantes.

A tensão aumentou com a chegada da tropa de choque, que posicionou escudos e efetivo armado nas imediações. Até o momento, não houve relatos de confronto físico, mas os militantes denunciaram intimidação e ameaças verbais.

Interior da Prefeitura também foi ocupado

Os manifestantes conseguiram entrar em uma área de atendimento ao público, onde realizaram um ato com gritos de protesto, discursos e falas emocionadas de moradores que perderam suas casas.

Polícia cerca área externa com tropa de choque

Do lado de fora da Prefeitura, viaturas da Polícia Militar e equipes de choque bloquearam ruas próximas. A repressão foi considerada excessiva pelos organizadores, que afirmam que o protesto ocorre sem violência.

Policiais militares com escudos cercam região próxima à Prefeitura. (Foto: Comunicação MTST)

“Moradia é direito, não é crime”, diz MTST

O MTST divulgou nota de repúdio à repressão e ao silêncio do poder público. “Manifestação não é crime, mas está sendo tratada como tal. Reafirmamos: a luta é por direitos, não por privilégio“, diz o texto do movimento.

A organização afirma que permanecerá mobilizada até que o prefeito receba uma comissão e inicie negociações concretas para garantir acesso à moradia para as famílias removidas.

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