A denúncia começa nos corredores lotados…
No coração de Embu das Artes, pacientes esperam horas, às vezes dias, por um atendimento que deveria ser básico. Faltam médicos, medicamentos e estrutura, enquanto contratos milionários são assinados sem transparência.

Uma investigação exclusiva do Embu News expõe um rombo nos cofres públicos da saúde municipal. Os números são alarmantes.
A Prefeitura de Embu das Artes gastou mais de R$ 303 milhões com a saúde em 2024. Mesmo assim, o caos persiste nas UBSs e nos Prontos-Socorros.
A pergunta que não quer calar: se há tanto dinheiro, por que os pacientes continuam sofrendo?
CRESCIMENTO DOS REPASSES: O DINHEIRO AUMENTA, MAS OS PROBLEMAS SE AGRAVAM
Os números revelam uma escalada de gastos que não se traduz em melhoria para a população. Veja como os repasses aumentaram nos últimos anos:
• 2023: R$ 129 milhões
• 2024: R$ 303 milhões (+ R$174 milhões)
• 2025 (Jan e Fev): R$ 22 milhões já repassados
E um detalhe que levanta suspeitas: em apenas dois meses de 2025, R$ 22 milhões foram repassados para uma única OS, o IRDESI.
Enquanto isso, pacientes continuam sem atendimento e funcionários denunciam atrasos salariais.
Evolução dos repasses para a saúde em Embu das Artes (2023-2025)

(Mostra o crescimento dos repasses ao longo dos anos e a discrepância entre investimento e qualidade dos serviços.)
CONTRATOS SUSPEITOS: DINHEIRO PÚBLICO SEM FISCALIZAÇÃO?
A investigação do Embu News revela indícios de fraudes e irregularidades.
Um dos contratos mais suspeitos é o Contrato 33/2023, assinado em 9 de março de 2023. O detalhe? Quem assinou já não era presidente da entidade desde 7 de março.
Como um contrato milionário pode ser válido se foi assinado por alguém sem autoridade para isso?
Além disso, não há transparência sobre a alocação de funcionários e a aplicação real dos recursos.
Enquanto isso, os moradores enfrentam filas quilométricas para marcar uma simples consulta.
PARA ONDE FOI O DINHEIRO? A DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS EM 2024
O Embu News detalhou os principais gastos e encontrou cifras que não fazem sentido diante do colapso no atendimento.

(Destaca os setores que mais receberam investimentos e como o orçamento foi aplicado.)
Os números revelam que:
• R$ 200 milhões foram para Organizações Sociais (OSs) e IRDESI, mas UBSs continuam sem médicos.
• R$ 86,9 milhões foram gastos com folha de pagamento, mas os servidores denunciam atrasos.
• R$ 6,5 milhões foram repassados para o Sindicato Beneficente de Cotia, mesmo sem vínculo com os funcionários da OS.
E um dado preocupante: os valores destinados a medicamentos e insumos são pequenos em comparação ao total investido.
O MISTÉRIO DOS R$ 6,5 MILHÕES PARA O SINDICATO
Outra revelação da investigação: um repasse milionário ao Sindicato Beneficente de Cotia.
Os servidores da saúde de Embu das Artes são contratados pelas OSs e não pelo município.
Então por que a Prefeitura enviou R$ 6,5 milhões ao sindicato?
Quem autorizou essa transação?
Para onde foi esse dinheiro?
A Prefeitura ainda não respondeu essas perguntas.
MAIS DINHEIRO, MENOS QUALIDADE: A QUEDA DO ATENDIMENTO MÉDICO
Os repasses triplicaram nos últimos anos. Mas as denúncias de pacientes e funcionários da saúde não param de crescer.
O Embu News criou um índice de qualidade baseado nos relatos e no tempo de espera nas UBSs. O resultado? Quanto mais dinheiro foi investido, pior o atendimento ficou.

Entre os relatos mais comuns, estão:
• Pacientes esperando meses por consultas especializadas.
• Falta de medicamentos básicos, como insulina e antibióticos.
• Ambulâncias sem manutenção e falta de equipamentos em UBSs.
• Funcionários sem receber seus salários em dia.
Se tanto dinheiro foi gasto, por que o atendimento à população piorou?
AS PERGUNTAS QUE A PREFEITURA PRECISA RESPONDER
1. Se os repasses aumentaram tanto, por que os serviços de saúde pioraram?
2. Quais critérios são usados para distribuir os recursos?
3. Quantos servidores existem na Secretaria de Saúde? Onde estão lotados?
4. Por que R$ 6,5 milhões foram repassados a um sindicato, se os funcionários são da OS?
5. Como um contrato pode ser válido se foi assinado por alguém que já não ocupava o cargo?
6. Onde está a fiscalização dos contratos milionários firmados pela Prefeitura?
CONCLUSÃO: QUEM GANHA E QUEM PERDE COM ESSA SITUAÇÃO?
Os moradores de Embu das Artes seguem esperando nas filas. Enquanto isso, contratos milionários são assinados sem fiscalização.
A saúde pública da cidade se tornou um labirinto de cifras e interesses.
A investigação do Embu News não termina aqui. Continuaremos acompanhando os desdobramentos e cobrando respostas.
A pergunta continua no ar: Se há dinheiro, por que falta atendimento?
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