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Hilka Caldi

Quociente eleitoral e mulheres na política

Hilka Caldi

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Photo by Miguel Bruna

Você sabe fazer a conta do quociente eleitoral? Cláusula de barreira?

Vou tentar resumir e explicar de uma forma simples.

Quociente eleitoral

Os lugares não preenchidos com aplicação dos quocientes partidários e em razão a exigência de votação nominal mínima a que se refere o ​Art.108 ​serão distribuídos de acordo com as seguintes regras:

Fim das coligações nas eleições proporcionais
Município de Embu das Artes
Número de cadeiras = 17
Votos válidos para vereador = 127.361
Quociente eleitoral= 127.361 ÷ 17 = 7.491,1
7.491,1 = Quociente eleitoral

(redação dada de lei no 13.165 de 2015)

Coligações partidárias

Este ano não terá coligação partidária para quem vai concorrer ao cargo de vereador e o que muda, muda o quociente eleitoral, isto, cada partido tem que atingir uma quantidade de votos para poder conseguir eleger ao menos um candidato. Cada partido por si, não podemos esquecer da cláusula de barreira. A cláusula de barreira é condição aplicada após a apuração do quociente partidário, ao qual serão retiradas do partido as cadeiras dos candidatos que inicialmente não tenham ao menos 10% do quociente eleitoral.

As cadeiras retiradas do partido irão compor as cadeiras em sobra, que depois serão novamente redistribuídas a partir de nova etapa, chamada cálculo de médias, Isso acontece porque o candidato B não tem ao menos 10% do quociente eleitoral ou seja, o candidato B necessitaria ter ao menos 10 votos direcionados a ele próprio para ter direito à cadeira obtida pelo partido.

Coligação partidária será apenas para apoio ao cargo majoritário, de prefeita ou prefeito

Mulheres na política

Por falar em mulheres na política, também houve mudança no regramento das candidaturas de gênero (mulheres e homens), cada partido precisa tem o número mínimo de 30% de mulheres para concorrer aos cargos, mas nós mulheres lutamos para que a participação feminina nas discussões e espaços políticos seja maior.

A representação feminina, não é só questão de igualdade mas de contribuir de forma ativa com sua habilidades de lidar com circunstâncias adversas.​ ​Podemos notar que as mulheres vêm conquistando espaço na sociedade e muitas vezes assumem o papel de chefes de família sem deixarem de participarem das lutas sociais contribuindo de forma significativa para a política.

Há pouco mais de 80 anos as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, adotado em nosso país em 1932.

Ainda somos minoria no cenário político, podemos mudar esta história.

Hoje, a mulher não cabe mais somente no papel de esposa, mãe e dona de casa, como coube durante um longo período de nossa história!

Nosso protagonismo na sociedade vem aumentando, porém, a discriminação ainda perdura, o que faz com que nós mulheres, continuamos lutando pelos nossos direitos e, sem dúvida, a grande batalha ainda está relacionada à ocupação de espaços de poder.

Há algum tempo atrás as candidaturas femininas serviam apenas para cumprir cota, infelizmente em 2018 nas eleições estourou as candidaturas laranjas, prática de muitos partidos por não terem mulheres com interesse na política, em participar ativamente mas hoje vejo mulheres cada vez mais envolvidas na política, muitas ao meu redor, participam, contribuem para termos representatividade nas câmaras, senado, etc. Enquanto uma grande maioria prefere diminuir-se, achando que mulher não tem competência para ir mais a frente, uma minoria faz o enfrentamento do patriarcado para participar e ter voz nos espaços políticos.

Um inegável retrocesso é achar que “mulher tem que ficar longe do governo mesmo”, ditas inclusive por outras mulheres. Comentários que são exemplo de ainda temos muito a mudar, e isso não acontece simplesmente porque o espaço político é considerado masculino. A política pertence a eles desde sempre, mas com o crescimento e envolvimento de mulheres cada vez mais na política, e ganhando espaços que até então era um universo masculino, não aceitam, e começam os ataques as que se despontam politicamente. Um pouco de medo e preconceito, porque onde já se viu mulher querer ser política e dona de casa, ser política e ser esposa, ser política e ser mãe. Entendam o espaço político é pra quem tem competência e coragem de fazer a diferença.

“Quando uma mulher tem voz ativa, ela incentiva outras a falarem também. Quando uma mulher lidera, ela incentiva outras a liderarem também.

Quando uma mulher ocupa um cargo público, ela incentiva outras a ocuparem também, aumentar o numero de mulheres em cargos é fundamental para a democracia.

Afinal, quando uma mulher defende os seus direitos, incentiva outras a defenderem também.

Mulheres na política, seja o exemplo que nós precisamos

(fonte TSE: https://youtu.be/SK3Jx4oRQNA)

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