Expositores e montadores fazem protesto: “queremos trabalhar!”

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No último domingo completaram 6 meses em que a Feira de Arte e Artesanato está fechada. Um decreto municipal do Prefeito Ney Santos proíbe aglomerações, mesmo com outras feiras em outras cidades abertas, como em Campinas ou a tradicional Feira da Av. Paulista.

São quase 6 meses de incertezas, de dúvidas, de receios da classe artística embuense, e as ajudas recebidas por parte do governo municipal são insuficientes, os artesãos se queixam que a cesta básica que recebem e a isenção fiscal não são suficientes para se manterem.

Diante de todas as dificuldades que estão vivendo, incertezas por não terem um diálogo aberto com o prefeito da cidade Ney Santos nem um prazo de quando a feira irá voltar, os artesãos que vivem de uma feira atrás da outra estão numa situação financeira muito delicada por não poderem expor seu trabalho. O prefeito encarregou seu assessor Jones Donizette de realizar o diálogo com os artistas, os recebeu em duas reuniões, prometeu uma reunião dos artistas junto ao governo do Estado de São Paulo, tal promessa foi feita numa reunião no dia 10 de agosto, e desde então a prefeitura não se mobilizou para atender as necessidades dos nossos artesãos.

Os artesãos se organizaram, criaram um grupo de whatsapp, um perfil no Facebook e no Instagram, e resolveram se mobilizar, a defesa do retorno deriva de dois fatores fundamentais, o primeiro que é a situação de extrema necessidade que estão vivenciando, o segundo é o retorno das atividades turísticas na cidade, os turistas estão retornando, as lojas e bares estão funcionando normalmente, e por que a feira não pode voltar às atividades?

Estava convocado um ato para o dia 16 de agosto, devido ao mau tempo foi cancelado e a data transferida para hoje (dia 23 de agosto), com concentração às 13 horas no Coreto da praça central de Embu das Artes, com um forte trabalho de divulgação nas redes sociais e um senso de união incrível, nossos artistas se mobilizaram e atraíram mais de 100 pessoas para o ato público, hasteando faixas e cartazes coloridos cobrando as autoridades públicas municipais e estaduais para o retorno da feira, poderia- se ler as seguintes reinvidicações em alguns dos cartazes ” Embu sem Artes não é Embu das Artes”, “Embu não é das Artes sem o artesão”, “Queremos trabalhar”, “Voltar com responsabilidade”, etc… com uma faixa enorme tomando a dianteira na comissão de frente da passeata continha os seguintes dizeres ” Sr. Prefeito Ney Santos queremos trabalhar”. O ato recebeu apoio musical com o artesão Jaime Vincentini tocando bandolin e com um instrumento de percussão, onde nossos artistas cantavam palavras de ordem, e uma versão do eterno samba de Alcione “Não deixe o samba morrer” para “Não deixe a feira morrer”, ” ” A feira não pode acabar”, e palavras de ordem ao prefeito “Ney Santos, Ney Santos queremos trabalhar”.

Após percorrer o percurso onde geralmente funcionaria a feira, onde os bares e restaurantes estão ocupando com mesas e cadeiras, de forma alegre, de forma pacífica atraindo a atenção dos turistas e o carinho e apoio de alguns lojistas, os artesãos retornaram ao Coreto central, onde o poeta Anivaldo da casa de cultura de Santa Tereza recitou com maestria o poema “Tem gente com fome” do eterno e saudoso poeta Solano Trindade.

Os artistas e artesãos esperam que sua mobilização traga alguma resposta da atual gestão municipal, esperam que o Prefeito Ney Santos atenda às suas demandas e urgências! E seguirão firmes e fortes em sua luta, pois como o samba que cantaram nessa tarde fria de domingo ” Não deixe a feira morrer, não deixa a feira acabar” Embu é das Artes graças a uma classe artística criativa, trabalhadora e atuante. Os atuais gestores municipais não têm dado o respeito que os nossos artistas merecem, e eles continuarão na luta até conseguirem os seus objetivos, o retorno das atividades da feira de artes e artesanatos de Embu das Artes.

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