O Embu News teve acesso à nova estrutura administrativa da Prefeitura de Embu das Artes, que traz a nomeação de 32 gestores para comandar as pastas municipais. A composição faz parte de uma ampla reforma liderada pelo prefeito Hugo Prado, com a promessa de entregar uma gestão mais eficiente, técnica e moderna.

No entanto, por trás das falas institucionais e do lema “Lealdade e Trabalho”, emergem dúvidas legítimas: a nova configuração representa uma verdadeira revolução na administração pública ou é mais um arranjo político para acomodar aliados e fortalecer a base do governo?
Os nomes por trás dos cargos: técnica ou indicação?
Com exclusividade, o Embu News publica a relação completa dos novos gestores, conforme acesso obtido junto à equipe de governo:
- Administração e Gestão de Pessoas: Wanda de Holanda
- Amlurb (Limpeza Urbana): Evandro Sartori
- Assuntos Jurídicos: Edlaine Chrisostomo
- Causa Animal: Emília Calderoni
- Chefia de Gabinete: Felipe Santos
- Controladoria e Transparência: Marcelo Ergesse
- Cultura: Alan Leão
- Defesa Civil: Nelson Pedroso
- Desenvolvimento Econômico: José Milton
- Desenvolvimento Social e Secretaria da Mulher: Thais Prado
- Direitos da Pessoa com Deficiência: Alexandre Campos
- Educação: Clecius Rogmanholi
- Embu Prev: Zé Antonio
- Esportes: Everson Santos
- Fazenda: José Roberto
- Fundo Social: Maria das Graças
- Governo: Raul Bueno
- Meio Ambiente: Walter Ribeiro
- Mobilidade Urbana: Francisco Carlos
- Obras: João Roberto José Paes
- Planejamento: À confirmar
- Pró-Habitação: Dedé
- Relações Institucionais: Jorge Tadeu
- Saúde: Soleny Oliveira
- Segurança Pública: Igor Simões
- Serviços Urbanos: Renato Oliveira
- Subprefeitura: Ricardo Almeida
- Suprimentos: Marconi Amorim
- Tecnologia e Comunicação: Jones Donizette
- Trabalho e Emprego: José Vieira
- Turismo: Milton do Rancho
Um discurso alinhado, mas metas ausentes
Em pronunciamento, o prefeito Hugo Prado declarou que sua equipe “está preparada para transformar desafios em soluções”. Porém, sem a publicação de um plano de metas, relatórios públicos e critérios objetivos de avaliação, a promessa permanece no campo do discurso.

Além disso, a ausência de dados sobre o impacto orçamentário da nova estrutura e a falta de transparência sobre os vínculos políticos dos indicados acendem alertas importantes.
A pergunta que não cala: lealdade ao serviço público ou ao grupo político?
Ao optar por reforçar o slogan “Lealdade e Trabalho”, a atual gestão acerta no apelo emocional — mas erra ao não esclarecer: a lealdade é com o cidadão ou com os padrinhos políticos? Sem transparência, o risco de aparelhamento da máquina pública cresce.
Conclusão: a cidade exige mais que trocas de nomes
A população de Embu das Artes quer respostas, não apenas novos rostos nos gabinetes. Diante de uma cidade com históricos gargalos em mobilidade, saúde, habitação e segurança, é preciso ir além de arranjos administrativos e entregar resultados reais.
O Embu News continuará acompanhando de perto a atuação de cada nomeado, cobrando metas, prazos e transparência — como manda o verdadeiro jornalismo.