
Um alerta sobre o custo real das brincadeiras perigosas
Na noite de 18 de outubro de 2025, por volta das 22h, uma equipe do 36º Batalhão de Polícia Militar (1ª Companhia) foi acionada pelo COPOM para atendimento de ocorrência na Rua Poços de Caldas, no Jardim Santo Eduardo, em Embu das Artes. A denúncia relatava que um homem armado estaria efetuando disparos de arma de fogo.
Ao chegar ao local, os policiais não encontraram qualquer indício de crime — nenhuma vítima, nenhuma arma, nenhum disparo. O que parecia mais um chamado improcedente acabou se revelando parte de uma rotina de ligações falsas que se repetiam há mais de um ano.
Um padrão de trotes que se repete há um ano
Consultando o histórico do COPOM, a equipe descobriu que o mesmo número já havia originado mais de 30 chamadas nos últimos meses, todas com denúncias falsas de crimes graves — ameaças, tráfico de drogas, incêndios e até homicídios inexistentes.
Com apoio do centro de operações, os policiais iniciaram uma investigação imediata para identificar o responsável. A apuração levou até a residência de Vinícius, apontado como autor das ligações. Inicialmente, ele negou envolvimento, mas acabou confessando os trotes após ser confrontado com as evidências.
Segundo o registro policial, o próprio suspeito admitiu que as ligações partiram de seu celular e também do aparelho de sua mãe. O caso foi registrado como falsa comunicação de crime, conforme o artigo 340 do Código Penal.
O prejuízo invisível das chamadas falsas
Cada trote aciona viaturas, consome recursos e coloca profissionais em risco. Enquanto os policiais se deslocam para ocorrências inexistentes, outros atendimentos reais ficam sem resposta imediata. “Cada chamada falsa representa minutos preciosos perdidos — e esses minutos podem custar vidas”, disse um policial ouvido pela reportagem.


Após a confissão, o suspeito foi encaminhado ao Distrito Policial Central de Embu das Artes, onde permaneceu à disposição da Justiça. A Polícia Militar reforçou que trotes são crimes e destacou: “Rumo aos 200 anos. Vamos todos juntos, ninguém fica para trás.”
Por que os trotes são um problema de segurança pública
- Impacto operacional: mobilizam viaturas e impedem atendimento a emergências reais.
- Risco humano: expõem policiais e civis a deslocamentos desnecessários e perigos.
- Frequência: no caso de Embu das Artes, foram mais de 30 chamadas falsas em um ano.
- Consequências legais: falsa comunicação de crime é punida pelo art. 340 do Código Penal.
Reflexão e responsabilidade
O episódio de Embu das Artes mostra que, em tempos de urgência e tensão, uma simples ligação falsa pode ter consequências reais. Além da responsabilização individual, especialistas apontam a necessidade de campanhas educativas e de conscientização sobre o uso responsável dos serviços de emergência.
E você? Acredita que campanhas educativas e filtros automáticos ajudariam a reduzir trotes? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão sobre segurança e responsabilidade social.