Funcionários cobram salários e vereadores confrontam prefeitura

Trabalhadores cobram pagamento atrasado, denunciam descaso e vereadores expõem calote da gestão Hugo Prado

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A Câmara Municipal de Embu das Artes foi palco de revolta e indignação após o cancelamento das audiências públicas que discutiriam as contas da Prefeitura. O adiamento, justificado por problemas técnicos e previsão de chuvas, não convenceu os trabalhadores terceirizados, que permaneceram no local exigindo respostas sobre salários atrasados e rescisões não pagas.

Diante do abandono do Executivo, 11 vereadores opositores tomaram a iniciativa de ouvir os funcionários, que relataram histórias de humilhação e desespero.

“Toma vergonha na cara, Hugo Prado!”

O vereador Léo Novais foi direto:

“Com todo respeito, Hugo Prado, toma vergonha na sua cara! Olha o povo aqui! Tem gente que votou em você! Quem vota em Embu aqui?”

A resposta veio de forma cortante. Uma funcionária, chorando, desabafou:

“Eu tive que mudar meu título para segurar meu emprego. E quando cobrei meu dinheiro, me disseram que quem me deve é a empresa!”

Outra trabalhadora, da área da limpeza, revelou:

“Trabalho na Prefeitura desde que inauguraram o Santa Teresa II. Hoje meu filho faz cinco anos e eu não tive como comprar um bolinho para ele. O que eu vou dar pra ele? Não recebi meu VR para minha cesta básica. Se nem os gestores têm previsão, quem vai me dar uma resposta?”

“Esse povo não está pedindo favor, está cobrando o que é direito!”

O vereador Bobilel Castilho resumiu o cenário:

“É difícil dizer ‘boa noite’ porque, numa situação dessas, de boa não tem nada! Enfermeiras chorando porque não receberam salário! Onde já se viu isso? Trabalharam na pandemia, arriscaram suas vidas, e agora têm que implorar para receber o que é delas por direito!”

E mandou um recado direto para o prefeito:

“Para de jogar culpa na empresa e paga esse povo! Ou então segura o dinheiro e paga direto para eles!”

“Estamos sendo feitas de palhaça!”

Outra funcionária foi categórica:

“Já fomos na Prefeitura, na Irdese, e um fica jogando para o outro. A gente está cansada! Prefeito, paga a gente! A gente só quer o que é nosso por direito!”

O vereador Uriel lamentou o cancelamento da audiência e chamou a situação de absurda:

“Quando você deve alguém, o mínimo que tem que fazer é dar uma explicação! Aprovamos o FGTS, 13º e férias para terceirizados, mas agora temos que garantir que os atrasados sejam pagos!”

Fabiana, ex-funcionária da saúde, fez um desabafo emocionante:

“Trabalhei no pronto-socorro do Vazame, fiz horas extras, saí sem receber. Meu nome está sujo, não aguento mais cobrança! Prefeito, toma vergonha na sua cara e me paga!”

O vereador Índio Silva foi direto:

“Na pandemia, vocês faziam vídeo nas UBSs elogiando os funcionários. Agora, quando precisam pagar, somem! Isso é inaceitável!”

E alertou que no dia 6 de março o secretário de governo será convocado a prestar esclarecimentos na Câmara.

“Essa cidade tem um prefeito TikTok!”

O vereador Juneca revelou mais um escândalo:

“Hoje mesmo um médico teve que comprar seringa para um paciente! Isso é uma vergonha! O que temos hoje é um prefeito TikTok, porque na prática, está deixando a desejar!”

A funcionária Fernanda, ex-trabalhadora da UBS Santa Emília, relatou que foi demitida por questões políticas:

“O vereador Betinho disse que eu votei em outro candidato e, por isso, fui demitida! Muitas vezes comprei materiais para a UBS do meu próprio bolso! Fiz isso pelo povo, e saí dessa forma, como se fosse lixo! Bando de caloteiros!”

“Chega de explicação! Paga os trabalhadores!”

O presidente da Câmara, Abel Arantes, encerrou a reunião com um ultimato:

“O vereador é fiscal do povo! Aqui nós não vamos passar pano para ninguém! Nossa cobrança agora será em cima do Executivo! Chega de explicação, o que esse povo quer é pagamento!”

Ele reforçou que 11 dos 21 vereadores são independentes e vão lutar pelo pagamento dos trabalhadores.

“Essa Casa de Leis vai até o fim para garantir que vocês recebam o que é de direito!”

A pergunta que fica: quando Hugo Prado vai dar a cara?

O que era para ser uma audiência pública virou um confronto entre funcionários sem salário, vereadores revoltados e um prefeito acuado.

O silêncio da Prefeitura só aumenta a indignação. E agora, Hugo Prado? Qual será sua próxima desculpa?

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