“É inadmissível. Tem profissionais da saúde passando fome.”

A frase cortante do vereador Índio Silva resumiu a indignação expressa na última sessão da Câmara Municipal de Embu das Artes, realizada na quarta-feira (26). Em meio a denúncias de atrasos salariais recorrentes envolvendo profissionais da saúde da cidade, os parlamentares aprovaram a convocação do presidente do Sindicato Sindbeneficente Cotia e Região, Homero Fraccari, para prestar esclarecimentos formais sobre a situação.
Fraccari deverá comparecer à Casa Legislativa no dia 1º de abril de 2025, às 13h, conforme o requerimento aprovado. A convocação foi assinada por 11 vereadores, com base no Capítulo V do Regimento Interno da Câmara e teve anuência do plenário.
A dor dos invisíveis: servidores em dificuldades e impasse político

Durante a sessão, o clima esquentou. O vereador Abidan Henrique expressou revolta diante da resistência de parte da base governista à convocação do representante sindical:
“Confesso ao senhor, presidente, que eu não estou entendendo mais nada nessa Casa. O prefeito diz que pagou o sindicato, o sindicato tem que pagar os trabalhadores. E aí, a base do governo vota contra a convocação do sindicato. Estão tentando esconder o quê?”
Henrique continuou, criticando a falta de explicações por parte da Secretária de Saúde, mencionando diretamente a vereadora Vanessa da Saúde:
“Não entra na minha cabeça a senhora Vanessa da Saúde não querer prestar contas sobre os atrasos. Parece que estão enrolando ainda mais as enfermeiras, médicos, pessoal da limpeza… Isso é vergonhoso.”
Índio Silva denuncia abandono: “Na pandemia eram heróis, agora são esquecidos”

Com discurso carregado de emoção, o vereador Índio Silva usou a tribuna para criticar o tratamento atual dado aos profissionais que estiveram na linha de frente durante a pandemia:
“Na pandemia, vocês usaram a imagem desses profissionais nos vídeos, dizendo que eram nossos heróis. E agora? Cadê vocês para defendê-los? Tem gente sendo despejada, sem dinheiro para pagar luz ou água. Isso aqui é uma vergonha.”
Ele reforçou ainda que muitos desses profissionais seguem em atividade e continuam sem receber:
“Não estamos falando de demitidos. Estamos falando de profissionais em exercício: controlador de acesso, faxineiras, médicos, enfermeiros… todos sem salário. Onde foi parar esse dinheiro?”
Léo Novais promete romper o silêncio: “Vamos balançar Embu das Artes”

Em apoio à convocação e às investigações, o vereador Léo Novais prometeu uma apuração mais ampla dentro da administração municipal:
“Não só a Caixa Preta da Saúde… vamos abrir também a da Secretaria de Trânsito, do Ibuprev, do Aterro Sanitário, de Serviços Urbanos. Vamos balançar Embu das Artes! Com nós é pau!”
Veja quem votou contra os profissionais da saúde:
Mesmo com salários atrasados, esses rejeitaram a convocação para cobrar explicações:
• Gilson Oliveira – Republicanos
• Betinho Souza – Republicanos
• Profª Sandra Manente – Republicanos
• Vanessa da Saúde – União Brasil
• Gustavo do Rancho – PSD
• Aline Santos – MDB
• Alexandre Campos – Avante








Nova frente de fiscalização: requerimento exige acesso a todos os contratos emergenciais
Logo após a aprovação da convocação de Fraccari, o vereador Abidan Henrique apresentou um novo requerimento: a solicitação formal à Prefeitura de Embu das Artes para entrega de todos os contratos e pagamentos realizados nos últimos três meses. O motivo? O decreto de calamidade pública emitido pelo prefeito.
“A calamidade permite contratações sem licitação. Por isso, precisamos de um pente-fino em todas as secretarias, especialmente Saúde, Serviços Urbanos, Assistência Social, Educação e Tecnologia. É questão de transparência.”
Com 10 votos a favor e 5 contra, o novo requerimento também foi aprovado.
O que esperar da próxima sessão
Com a convocação de Homero Fraccari confirmada para o dia 1º de abril, a Câmara promete ir a fundo nas apurações. Novas convocações também já foram anunciadas, como a do secretário Zé Roberto, com o objetivo de investigar a fundo a gestão da saúde e os recursos públicos envolvidos.
O tom da sessão foi claro: a Câmara quer romper o silêncio, dar voz aos trabalhadores e exigir respostas.
Conclusão
Enquanto profissionais da saúde lutam para sobreviver sem seus salários, a Câmara de Embu das Artes dá início a uma série de investigações que podem revelar falhas graves na gestão pública. A população aguarda, atenta, os desdobramentos.
E você, cidadão de Embu, o que pensa sobre essa situação? Acredita que a Câmara deve continuar com as investigações? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esta matéria.
Uma resposta
Sim com certeza deve continuar porque tem caroso nesse angu salário atrasado na área da saúde não esqueça de falar de férias vencida ninguém tira férias nesse lugar o único benefício que é a sexta básica que ninguém recebe etc..