Por: Redação Embu News

A cidade vive dias de tensão política. Na sessão do dia 2 de abril de 2025, a Câmara Municipal aprovou a criação de três Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) com o objetivo de investigar possíveis irregularidades na gestão do prefeito Hugo Prado.
As CEIs vão focar nas áreas de Finanças, Saúde e Serviços Urbanos, com prazo inicial de 60 dias para apuração dos fatos. Mas, em uma reviravolta inesperada, denúncias recebidas pelo portal Embu News revelam que, dias após a criação das comissões, documentos da Secretaria de Serviços Urbanos estariam sendo destruídos ou descartados irregularmente.
A pasta é comandada por Renato Oliveira, conhecido como “o menino prodígio de Ney Santos”, ex-prefeito e mentor político de Hugo Prado.
O flagrante que levanta suspeitas
Imagens registradas por fontes do portal mostram:
- Pilhas de pneus, entulho e sucata misturadas com caixas de arquivos administrativos;
- Estantes metálicas desmontadas e abandonadas no pátio;
- Caixas de papelão repletas de documentos públicos espalhadas e rasgadas;
- Um container da empresa Imbuilix Ambiental, aparentemente usado para descarte de material;
- Um depósito com centenas de caixas armazenadas de forma imprópria e em completo abandono.



Lei foi criada mas regras parecem ignoradas
A situação chama ainda mais atenção porque, em 14 de dezembro de 2023, foi sancionada a Lei Municipal nº 3.430/2023, que trata da eliminação e incineração de documentos públicos. A legislação exige:
- Avaliação técnica prévia pela secretaria responsável;
- Publicação de edital em Diário Oficial e em jornal de grande circulação;
- Observância de prazos legais, que variam entre 15 e 80 anos, conforme o tipo de documento;
- Proibição do descarte de arquivos em trânsito ou de valor histórico e funcional.
No entanto, nenhum desses procedimentos foi observado no caso documentado pelas imagens.

Renato Oliveira na linha de frente da crise
À frente da Secretaria de Serviços Urbanos, Renato Oliveira já vinha sendo apontado como figura de destaque na administração Hugo Prado. Sua proximidade com Ney Santos e o rápido crescimento na máquina pública sempre causaram desconforto entre adversários políticos.

Agora, o nome de Renato está diretamente ligado a uma das secretarias investigadas pelas CEIs, e é justamente nela que o suposto descarte irregular foi flagrado.
Fontes relataram ao Embu News que a movimentação das caixas e a desmontagem de estantes ocorreram após a criação das CEIs, levantando suspeitas sobre tentativas de apagar vestígios ou dificultar futuras investigações.
O que estão tentando esconder?
O momento é decisivo. Os documentos descartados podem conter provas administrativas, registros de contratos, ordens de serviço e movimentações internas da secretaria.
Se confirmada a destruição sem os trâmites legais, a ação pode configurar crime de improbidade administrativa e obstrução de investigação pública.
Câmara e MP devem agir
Vereadores consultados em off afirmaram que os fatos serão incluídos nas investigações das CEIs. A expectativa é que o caso também seja levado ao Ministério Público, que poderá apurar se houve violação da Lei 3.430/2023 e responsabilização civil, administrativa e penal dos envolvidos.
Conclusão: o cerco se fecha
Com as CEIs em andamento e denúncias se multiplicando, o governo Hugo Prado passa a enfrentar uma de suas maiores crises. A atuação de Renato Oliveira está no centro das polêmicas e deverá ser analisada minuciosamente pelos órgãos de controle.
Por que, justamente agora, documentos públicos estão sendo eliminados?
Agora é com você:
Você acredita que esses documentos foram destruídos para esconder algo?
Comente abaixo e compartilhe esta matéria. A transparência depende de todos nós.