O choro é de uma mãe revoltada. A dor não vem só do que a filha sentiu, mas do que poderia ter sido evitado. Um momento de desespero transformado em trauma — pelas mãos de quem deveria cuidar.
Caroline Jesus dos Santos é mãe da pequena Eloá, de apenas 4 anos. Na noite do dia 22 de março, um acidente doméstico levou a criança à UPA Santo Eduardo, em Embu das Artes, na Grande São Paulo. Eloá caiu, bateu a cabeça no chão e precisava de suturas no ferimento. Mas o que deveria ser um simples atendimento emergencial se transformou, segundo a mãe, em um pesadelo vivido dentro da sala de atendimento.

“Que merda, de novo?”: a chegada do médico e o primeiro sinal de alerta
Caroline conta que aguardava o pediatra de plantão, identificado como Dr. Arilton Ribeiro (CRM 15.203/SP). A chegada dele à unidade, por volta das 22h20, já foi marcada por hostilidade.

“Ele entrou reclamando. Disse: ‘Que merda, de novo? Não vai parar, não?’. Eu fiquei quieta. Só queria que ele fizesse o atendimento e fosse embora.”
Segundo a mãe, a frieza do médico deu lugar à confusão. No momento da sutura, o profissional teria demonstrado falta de coordenação, dificuldade para enxergar a linha da costura e tremores.
Ponto errado, força desnecessária e abandono do procedimento
Caroline afirma que a filha estava anestesiada e tranquila, mas o médico parecia desorientado. “Ele costurava, errava, voltava… não enxergava direito. E eu mostrando o lugar certo. Foi quando, de repente, ele deu um ponto com força em um outro local da cabeça da minha filha — onde nem havia corte.”
Ao questionar o motivo do erro, a resposta do médico foi o silêncio. Ele virou as costas e abandonou o atendimento.
Vídeo mostra desespero da mãe dentro da unidade
Erro confirmado e correção feita por outra médica
A enfermeira da unidade confirmou à mãe que o ponto havia sido dado em local errado. Uma nova médica foi chamada às pressas. Ela retirou os pontos, aplicou nova anestesia e refez a sutura corretamente.

Caroline conta que a profissional informou que Eloá precisaria passar por raio-x e observação, mas que o único pediatra da unidade era o mesmo médico que havia errado. A mãe se recusou a permitir o retorno dele ao caso.
“Eu peguei minha filha e saí. Fui para outro hospital. Lá, ela foi atendida com cuidado. Ficou em observação. Graças a Deus, está bem agora. Mas o trauma… esse ficou.”
Revolta nas redes sociais e pedido por justiça
O relato de Caroline foi publicado em suas redes sociais. O desabafo viralizou. Em tom de indignação, ela pede responsabilização do médico e da unidade de saúde.
“Minha filha tem só 4 anos. Sofreu sem necessidade. O que eu puder fazer para ele perder o CRM, eu vou fazer. Isso não pode acontecer com nenhuma criança.”
Eloá se recupera em casa. Mas o trauma permanece
Hoje, Eloá está se recuperando em casa. O ferimento físico está cicatrizando. Mas a mãe afirma que o trauma permanece vivo, tanto na criança quanto nela.
“Nunca mais vou esquecer o que vi. Ela sentindo dor… e eu impotente. A gente precisa confiar nos médicos. Mas aquele homem não podia estar ali.”
Você já passou por algo parecido?
Casos como o de Eloá não podem se repetir. Se você foi vítima de negligência médica ou presenciou situações semelhantes, entre em contato com nossa redação ou deixe seu relato nos comentários. Sua história pode ajudar a evitar novas tragédias.